O sistema de estacionamento automático ou Park Assist começou a ser anunciado no início dos anos 90, depois que os sensores eletromagnéticos foram reinventados e adaptados por Mauro Del Signore. Apesar da VW propor o desenvolvimento da tecnologia em um dos seus centros de pesquisa já em 1992 e a Toyota em 1993, o primeiro protótipo foi desenvolvido para o carro elétrico experimental Ligier do instituto de pesquisa francês INRIA (Institut National de Recherche en Informatique et en Automatique), em meados dos anos 90. Pouco tempo depois, em 2003, surgiu o primeiro carro comercializado com a tecnologia: o híbrido da Toyota, o Prius. No Prius o estacionamento automático vinha com o nome de Intelligent Parking Assist System (IPAS) e funcionava basicamente com o computador de bordo, câmeras instaladas na traseira e frente do carro e alguns sensores. O painel do carro apresentava a imagem da vaga e o motorista determinava a exata posição do veículo dentro dela. A partir de então o IPAS tomava controle do volante para a manobra.
Alguns problemas de detecção estimularam upgrades rápidos em 2005 e 2006 que melhoraram a integração entre os sensores, o alcance, a detecção das faixas de estacionamento e a indicação do espaço adequado ou não para a manobra. Junto com a Toyota/Lexus a Volvo também foi uma das primeiras a comercializar veículos com o sistema.
Como funciona o estacionamento automático?
Os diferentes sistemas de estacionamento automático adotam soluções variadas para seu funcionamento. Enquanto alguns utilizam sensores de aproximação nos parachoques (mais comuns), outros se servem de câmeras e radares para a detecção de objetos, enquanto outros apostam na combinação entre as opções. Como os sensores são os mais utilizados atualmente, vamos comentar sobre o funcionamento deles.
Como vimos, o correto funcionamento do estacionamento automático depende da localização da vaga, posicionamento adequado do veículo e a execução de uma série de manobras para o correto estacionamento. Os sensores de estacionamento emitem sinais que possibilitam o cálculo da distância do carro em relação aos objetos que o circundam. Esse cálculo é efetuado pelo tempo de reflexão dos sinais emitidos. Assim, os sensores emitem os sinais e captam a reflexão, em seguida enviam os dados para a central de comando que então realiza os cálculos para execução das manobras ou mesmo para o acionamento dos alarmes sonoros que alertam ao motorista quanto à possibilidade de contato com outros veículos ou obstáculos (durante o estacionamento comum, sem baliza).
A unidade central basicamente prevê e parametriza os perfis de controle de ângulo, direção e velocidade do veículo para determinar o caminho adequado dentro do espaço disponível. Esse controle e cálculo é realizado em tempo real, enquanto a manobra é executada. A manobra acaba sendo, portanto, uma sequência de movimentos controlados pelos resultados encontrados pela central combinada à contribuição do motorista, que comanda os pedais de aceleração e freio.
Adicionais
Os sistemas de estacionamento podem ser incrementados com a ajuda do sistema multimídia do carro ou do próprio display eletrônico do painel para exibir notificações visuais informar leituras e dados. Em algumas versões do Prius, por exemplo, há indicações quanto ao momento adequado de mudança de marchas e frenagem no painel. Outra facilidade de alguns sistemas é a ativação automática dos sensores traseiros com o engate da marcha ré e a desativação dos dianteiros logo que o carro entre em movimento em velocidades de circulação.
Fonte: http://blog.carlider.com.br